Anúncios de empresas poluentes são proibidos em várias cidades pelo mundo

Cidades ao redor do mundo estão avançando com políticas climáticas ambiciosas, mesmo diante da fragmentação da colaboração global sobre a crise climática.
Um exemplo notável são as proibições de publicidade para produtos e empresas altamente poluentes, como combustíveis fósseis, companhias aéreas, SUVs e viagens de luxo, como mostra um artigo publicado no The Conversation.
No Reino Unido, cidades como Edimburgo e Sheffield implementaram essas proibições, removendo anúncios de outdoors de empresas como Shell e BP, além de companhias aéreas e veículos movidos a combustíveis fósseis.
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O objetivo é alinhar as políticas locais com metas climáticas, reduzindo a promoção de produtos que contribuem para o aquecimento global. O mesmo movimento pode ser observado em cidades como Haia, Estocolmo, Gotemburgo, Montreal e Toronto, com propostas semelhantes surgindo em outras localidades.

Diminuir publicidade já se mostrou eficaz no passado
- A ideia por trás dessas proibições é reduzir o consumo desses bens e serviços, ajudando a mitigar as emissões associadas a eles.
- O precedente de proibição de publicidade de tabaco, por exemplo, mostrou resultados positivos na redução do consumo e no impacto na saúde pública.
- Um estudo recente também destacou que a propaganda de alto carbono, como a de companhias aéreas, impulsiona a demanda por serviços de alto impacto ambiental, como voos frequentes, exacerbando a crise climática.
Em resposta, mais de 1.000 cidades têm metas de emissões líquidas zero, e muitas se uniram ao Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis.
A proibição de publicidade pode ser uma ferramenta crucial para alcançar essas metas. O IPCC estima que estratégias do lado da demanda, como a redução do consumo de bens intensivos em emissões, poderiam cortar até 70% das emissões até 2050.
Com o aumento da popularidade de SUVs e outros produtos de alto carbono, espera-se que mais governos adotem restrições à publicidade de produtos prejudiciais ao meio ambiente.
À medida que os desastres climáticos se intensificam, as cidades enfrentam a pressão de escolher entre promover empresas que estão agravando a crise climática ou tomar medidas mais drásticas para proteger o futuro.

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