Especialista explica quais são os sinais de perda auditiva em idosos

Com o avanço da idade, é comum que a audição sofra alterações, comprometendo a comunicação e a qualidade de vida. Estima-se que, no Brasil, mais da metade das pessoas acima de 60 anos apresentam algum grau de perda auditiva, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), em 2020, apontou que 6,7 milhões de idosos brasileiros sofrem de perda auditiva. De acordo com a OMS, a tendência é que esse número aumente.
Especialista em reabilitação auditiva, a fonoaudióloga Dra. Vanessa Gardini, da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos, de Sorocaba (SP), explica que muitas pessoas demoram para perceber a perda auditiva ou até a ignoram. No entanto, ela alerta que buscar tratamento precocemente pode fazer toda a diferença para manter a qualidade de vida, independência e saúde mental.
“A audição está diretamente ligada à qualidade de vida e ao funcionamento do cérebro. Quando uma pessoa começa a perder a capacidade auditiva e não trata, o cérebro recebe menos estímulos sonoros, o que pode acelerar o declínio cognitivo e prejudicar a memória”, explica a especialista.
Sinais de perda auditiva em idosos
A dificuldade para ouvir pode surgir de forma gradual, tornando-se perceptível apenas quando já está mais avançada. Alguns sinais de alerta incluem:
- Aumento do volume da TV e do telefone;
- Dificuldade para entender conversas, especialmente em ambientes ruidosos;
- Sensação de que as pessoas estão falando baixo ou "embolado";
- Perguntar "o quê?" com frequência;
- Evitar conversas em grupo por dificuldade de compreensão;
- Cansaço ou dor de cabeça, após longos períodos de interação.
"Muitas vezes, familiares percebem antes do próprio idoso que há uma dificuldade auditiva. É importante que incentivem a busca por uma avaliação fonoaudiológica, antes que o problema afete, ainda mais, a comunicação e o bem-estar", orienta Dra. Vanessa.
Como preservar a audição e evitar outros danos?
Embora a perda auditiva relacionada à idade seja comum, alguns cuidados podem ajudar a proteger a audição e evitar que o quadro se agrave. A especialista recomenda:
- Evitar exposição a ruídos intensos – Sons altos, como o volume exagerado da TV ou de fones de ouvido, podem acelerar a degeneração auditiva.
- Fazer exames auditivos regularmente – A avaliação auditiva deve ser realizada, pelo menos, uma vez ao ano após os 60 anos, permitindo detectar precocemente qualquer perda.
- Manter hábitos saudáveis – Alimentação equilibrada, controle da pressão arterial e exercícios físicos ajudam na circulação sanguínea, beneficiando também a audição.
- Buscar tratamento adequado – Caso haja perda auditiva, o uso de aparelhos auditivos pode ser indicado para restaurar a capacidade auditiva e evitar impactos na saúde mental.
Aparelhos auditivos
Para os casos em que a perda auditiva já está presente, os aparelhos auditivos são uma solução discreta e eficaz. Com tecnologia moderna, eles proporcionam que o paciente volte a ouvir instantaneamente.
"Os aparelhos auditivos de hoje são muito diferentes dos modelos antigos. São pequenos, confortáveis e adaptáveis ao estilo de vida do paciente. A reabilitação auditiva com acompanhamento fonoaudiológico ajuda na adaptação, tornando a experiência mais agradável", ressalta Dra. Vanessa Gardini.
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