Estudo genético revela ancestralidade de antigo inimigo dos romanos

Abr 25, 2025 - 22:30
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Estudo genético revela ancestralidade de antigo inimigo dos romanos

Você gosta de história? Então provavelmente já ouviu falar dos cartagineses. Este povo, que tem a figura de Aníbal como uma das mais famosas, enfrentou os poderosos romanos em três conflitos, as chamadas Guerras Púnicas.

Apesar de ter sido derrotada, esta civilização antiga deixou grandes legados, como a construção de barcos, noções de navegação, planejamento urbano e até um alfabeto usada para o comércio. Mas a verdadeira origem deste povo sempre foi motivo de discussão.

Origem dos cartagineses vai além dos fenícios

  • A mais poderosa e próspera das cidades-estado independentes dos fenícios foi Cartago, fundada por volta do século IX a.C. no que hoje é a Tunísia.
  • Os cartagineses, também conhecidos como povo púnico, estabeleceram um império que acabou se estendendo pelo nordeste da África e pelo sul da atual Espanha.
  • A rivalidade com Roma, no entanto, selou o destino desta civilização.
  • Após vencer a última das guerras, que terminou em 146 a.C., os romanos destruíram completamente a capital rival.
  • Por mais de 2 mil anos, acreditou-se que os cartagineses derivavam do Levante, especificamente de Canaã, a fonte de sua língua e religião.
  • Mas um novo estudo publicado na revista Nature sugere que, do sexto ao segundo século a.C., os fenícios tiveram apenas uma pequena contribuição genética para as colônias púnicas.
Roma e Cartago duelaram pelo domínio do Mediterrâneo (Imagem: Sidhe/Shutterstock)

Migração e miscigenação formaram este antigo povo

De acordo com os pesquisadores, os cartagineses preservaram a cultura, a língua, a religião e o estilo de vida comercial fenícios. No entanto, estas características foram passadas para pessoas de ascendência biologicamente diferente com quem se misturaram depois que chegaram a essas regiões.

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A conclusão faz parte de um trabalho que analisou o DNA de restos mortais de 210 indivíduos, incluindo 196 de 14 locais tradicionalmente identificados como fenícios e púnicos no Levante, Norte da África, Península Ibérica, Sicília, Sardenha e Ibiza. O estudo observou que os fenícios não se misturavam igualmente com todas as pessoas que conheciam.

Escultura de Aníbal, principal figura do povo cartaginês (Imagem: Photogilio/iStock)

A principal ancestralidade dos fenícios estudados era grega. Provavelmente eram pessoas que eles encontraram e se misturaram na Sicília, onde colônias gregas e fenícias existiam lado a lado. O trabalho mostrou que a intensa migração pelo mar Egeu impulsionou a expansão dos fenícios.

Antes de 400 a.C., os fenícios do Mediterrâneo ocidental que viviam no norte da África tinham perfis genéticos bastante simples. Mas, após esta data, os vestígios de ancestralidade norte-africana aparecem em quantidade limitada. Segundo os autores, isso pode refletir a crescente influência de Cartago e a miscigenação do povo.

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