Parlamento rejeita moção de confiança e derruba premiê português

O governo de Luís Montenegro, em Portugal, caiu nesta terça-feira (11) após a Assembleia da República rejeitar sua moção de confiança. O primeiro-ministro, que estava no cargo há menos de um ano, agora aguarda a convocação de novas eleições, previstas para maio, pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
A crise política foi desencadeada por acusações de conflito de interesses envolvendo Montenegro e sua empresa familiar, a Spinumviva, que prestava serviços de consultoria e tinha negócios imobiliários. Uma das clientes da empresa era a Solverde, proprietária de cassinos, levantando suspeitas sobre possível favorecimento em concessões estatais. Diante da pressão, Montenegro tentou se antecipar à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas acabou sendo derrotado no Parlamento.
Pesquisas indicam um empate técnico entre o Partido Social Democrata (PSD), de Montenegro, e o Partido Socialista (PS), liderado por Pedro Nuno Santos, seu principal adversário nas próximas eleições. O levantamento também mostrou que 70% da população era contra novas eleições.
A queda do governo de Montenegro ocorre menos de dois anos após a renúncia do ex-primeiro-ministro António Costa, do PS, que deixou o cargo em meio a uma investigação sobre corrupção. A crise política pode beneficiar a extrema-direita do partido Chega, que tem adotado um discurso anticorrupção, embora também enfrente seus próprios escândalos internos.
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