TCU investiga compra de 2,2 milhões de cestas básicas de empresa laranja


O Tribunal de Contas da União (TCU) está conduzindo uma investigação sobre possíveis fraudes em licitações do governo federal, que envolvem a aquisição de 2,2 milhões de cestas básicas. Há indícios de que a empresa vencedora, A Popular Cestas Básicas de Alimentos Eireli, pode estar registrada em nome de “laranjas”. O Ministério da Cidadania tinha a intenção de destinar até R$ 290,2 milhões para a compra de alimentos destinados a famílias em situação de vulnerabilidade. A auditoria realizada pelo TCU revelou que a empresa está associada a Carlos Murilo Pessoa Gonçalves Moreira e Paulo Sergio Pessoa Moreira, que teriam utilizado “parentes e pessoas interpostas” para esconder seu patrimônio. Diante disso, o tribunal requisitou ao Ministério da Cidadania que esclareça os métodos de controle implementados para assegurar a entrega das cestas básicas, especialmente em um ano eleitoral.
Em fevereiro, uma outra empresa do mesmo grupo forneceu alimentos ao ministério, mas a transportadora Super Cesta Básica de Alimentos Eireli estava proibida de participar de licitações devido a sanções anteriores. Essa situação levanta preocupações sobre a regularidade dos processos de compra e a transparência nas contratações. A investigação ganhou força após a apreensão de cestas básicas em Campina Grande, que apresentavam notas fiscais emitidas pela empresa Popular. A Secretaria de Fazenda da Paraíba identificou que essas notas estavam vinculadas a um conjunto de outras no total de R$ 11 milhões.
O relatório do TCU sugere que a empresa A Popular pode ter tido acesso privilegiado a contratos com o Ministério da Cidadania. Até o momento, o Ministério da Cidadania não se pronunciou sobre as alegações. Por sua vez, o empresário Paulo Moreira negou ser o proprietário da empresa A Popular, o que adiciona mais complexidade à investigação em andamento.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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