Trump diz que Harvard é uma piada e não deveria receber fundos federais

Abr 17, 2025 - 02:00
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Trump diz que Harvard é uma piada e não deveria receber fundos federais

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovou seus ataques a universidades americanas ao dizer, nesta quarta-feira (16), que Harvard, uma das melhores instituições de ensino do mundo, é uma piada e não deveria mais receber fundos federais.

 

"Harvard nem sequer pode ser considerada um lugar decente de aprendizagem e não deveria figurar em nenhuma lista das melhores universidades do mundo", escreveu o republicano em sua plataforma, a Truth Social. "Harvard é uma piada, ensina ódio e estupidez, e não deveria receber fundos federais."

Assim como Harvard, outras cinco universidades da Ivy League, grupo composto pelas mais antigas e renomadas instituições de ensino superior dos EUA, sofrem pressões da Casa Branca. A gestão Trump trava uma cruzada contra essas universidades sob a justificativa de que elas teriam permitido atos antissemitas em protestos contra a guerra na Faixa de Gaza em seus campi.

O governo exigiu uma série de ações dessas instituições como condição para evitar a retirada de subsídios, como uma auditoria das opiniões de estudantes e professores. Harvard foi a primeira grande universidade a desafiar as ameaças do republicano.

A instituição se recusou a cumprir as exigências do governo Trump, que, em retaliação, anunciou o congelamento de US$ 2,2 bilhões (quase R$ 13 bilhões) em fundos federais e ameaçou retirar suas vantagens fiscais. Além disso, exigiu um pedido de desculpas da universidade.

A Universidade Columbia, por outro lado, foco dos protestos pró-Palestina no país, cedeu em parte à pressão do republicano e aceitou uma série de demandas relativas ao controle do campus, como a autorização para detenções dentro dos limites da universidade e a intervenção na gestão do departamento de estudos sobre Oriente Médio, retirando o órgão do controle docente.

A instituição foi duramente criticada no meio acadêmico por essa decisão -críticos dizem que ela só encoraja o governo a ampliar seus ataques, como quando circulou na imprensa americana a proposta da Casa Branca de colocar Columbia sob intervenção direta.

Em uma carta a estudantes e professores, o reitor da universidade, Alan Garber, assegurou nesta segunda-feira (14) que Harvard "não abandonará sua independência nem seus direitos garantidos pela Constituição".

No geral, as exigências são as mesmas para todas as instituições: cortes em programas, departamentos e linhas de pesquisa que se voltem para diversidade ou que abordem uma interpretação da história americana menos que heroica -ou seja, tratem de momentos pouco lisonjeiros, como o extermínio de indígenas, a escravidão e a segregação.

As demandas têm lastro em uma das ideias mais importantes para o trumpismo que retomou o poder nas eleições de 2024: a de que instituições culturais de elite, como as universidades, foram tomadas de assalto por esquerdistas sob a bandeira do "marxismo cultural" e, dessa forma, afastaram-se do americano médio e já não contribuem para o progresso no país.

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