Caos em Avellaneda: jogo entre Independiente e Universidad de Chile é cancelado após barbárie

A partida entre Independiente e Universidad e de Chile, em Avellaneda, na Argentina, virou um cenário de horror após conflitos entre torcedores dos dois times. O jogo válido pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana foi suspenso pela arbitragem e, posteriormente, cancelado pela Conmebol. Isso significa que não haverá retomada da partida.
A entidade sul-americana informou que o caso será analisado por seus órgãos judiciais. O Comitê Disciplinar irá analisar as informações apuradas e definir quais sanções poderão ser aplicadas e contra quem. O cancelamento da partida decorre da análise da diretoria de competições da confederação ao constatar que não há como garantir a segurança em caso de continuidade do jogo.
As equipes haviam recém voltado do intervalo, com o placar de 1 a 1, quando a confusão começou. O resultado dava a classificação aos chilenos, que já tinham vencido por 1 a 0 na ida.
Torcedores da Universidad de Chile começaram a atirar pedras em direção aos locais. Os visitantes invadiram um depósito de produtos de limpeza e chegaram a jogar cabos de vassoura contra a torcida adversária.
Jogadores tentaram acalmar a situação, mas não tiveram sucesso. Com a paralisação, os atletas se recolheram aos vestiários. Segundo a imprensa argentina, a polícia não agiu.
O sistema de som do estádio, então, determinou a evacuação das arquibancadas. Alguns chilenos deixaram o local, mas outros continuaram os ataques.
A passagem de torcedores da parte do estádio abaixo dos visitantes para o setor ao lado foi aberta, para que os locais pudessem se refugiar. Houve quem foi para o campo. Apenas 40 minutos depois da primeira paralisação que o jogo foi de fato suspenso.
Torcedores do Independiente reagiram e partiram para a agressão contra os visitantes, tiraram as roupas dos chilenos e as penduraram na grade que separa a torcida do campo. Outra imagem mostra que um torcedor da Universidad de Chile salta do anel superior da arquibancada para fugir. Não há informações sobre a quantidade de feridos.
"Seremos punidos, não há dúvida. E serão punidos com severidade", disse Daniel Schapira, diretor da Azul Azul, que administra a Universidad de Chile, pouco depois da confirmação de suspensão do jogo.
Schapira reclamou da falta de ação policial quando os ataques começaram. "Isso é terrível, é inacreditável. Sempre acontece alguma coisa com a gente. É também uma questão de organização: eles não podem colocar a torcida da Universidade acima da torcida do Independiente. Todo mundo tem problemas aqui. Isso virou um circo", desabafou para a rádio ADN Chile.
Já que a Conmebol se limita a dizer que irá analisar a situação, não há como prever o que será definido esportivamente. A lógica de eliminação dos chilenos não deve ser aplicada, uma vez que torcedores do Independiente também partiram para a violência.
Em abril, no Chile, o jogo entre Colo-Colo e Fortaleza, pela Copa Libertadores, foi suspenso após episódios de violência entre torcedores locais e policiais. Neste caso, os brasileiros não estiveram envolvidos. A Conmebol optou por determinar vitória da equipe cearense.
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