Clubes podem organizar o Brasileiro de 2027, diz presidente do Flamengo

UOL/FOLHAPRESS) - Em reunião no Conselho Técnico, os clubes sinalizaram união das duas ligas e passos para ter maior poder paulatinamente no Brasileiro. Há uma possibilidade de organizar o campeonato em 2027, como expresso pelo presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista.
Para construir esse caminho, foi formado um novo Conselho nacional de Clubes em consenso sobre Liga Forte União e Libra, que antes disputavam lugares no grupo.
Flamengo, São Paulo, Vasco, Fortaleza e Internacional são os novos membros, com o Palmeiras como convidado permanente. Na CNC, serão discutidos os direitos comerciais do Brasileiro, alguns em disputa com a CBF, regulamentos, gramado sintético, entre outros pontos. É o embrião de uma liga.
"Entendo que o passo prévio era você ter um acordo como a gente construiu previamente entre o grupo da Libra e Liga Forte União. Definimos membros da CNC e discutimos uma série de fatores. Costumo dizer que nove mulheres não vão fazer um bebe em um mês. Não basta dizer que vai organizar o Brasileiro Tenho dúvidas se nós coletivamente podemos organizar o campeonato de 26. Mas tenho certeza absoluta de que de que, organizados a partir de agora, a gente poderia organizar esse campeonato em 2027. De forma organizada. Não adianta fazer de forma açodada e fazer o campeonato mais bagunçado do que tem nesta quarta-feira (12)", disse o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista.
Outro membro da CNC, o diretor do Vasco, Marcelo Sant'ana disse que espera que os clubes tenham maturidade para poder assumir o campeonato.
O CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, também entende que tem quer ser dados passos por meio de uma liga pra construir o campeonato. Ele vê as discussões da CNC sobre regulamentos de campeonatos, licenciamento de clubes, como algo separado da liga.
Neste sentido, a primeira discussão com a CBF é em relação a direitos sobre propriedades comerciais. A entidade reivindicou parte dos direitos sobre placas que foram vendidos pelos clubes, as agremiações rejeitam essa pedida.
Ao mesmo tempo, os clubes sinalizaram na CBF que desejam participação no contrato de naming rights do Brasileiro, que representa um contrato de R$ 100 milhões. O presidente da confederação, Ednaldo Rodrigues, fez uma explanação sobre o uso do dinheiro para investimento no futebol.
"Mas para os clubes e Para mim, é bem cristalino. A lei é clara, é o direito dos clubes. Flamengo já manifestou à CBF que inclusive já vendemos esses direitos. Nosso direito é que não cabe à CBF", defendeu Bap. E explicou que vê o mesmo conceito para os naming rights.
Já Marcelo Sant'ana entende que tem de encontrar um equilíbrio entre a pedida de clubes e as explicações da CBF sobre investimento no futebol. Outros clubes, ouvidos, entendem que tudo vai ficar na mesma.
O grama sintético também vai ser discutido dentro da CNC. Haverá um estudo mais aprofundado sobre o assunto. Afetado pelo tema, o Palmeiras teve posição firme de rechaçar críticas feitas por jogadores. O clube defende que tem de haver uma padronização entre gramados no geral, independentemente do piso.
O tema foi discutido no Conselho Técnico, mas sem votação. O estudo da CBF apresentado não era conclusivo sobre maior incidência de lesões no geral em nenhum dos dois campos, havia algumas contusões mais comuns no sintético e outras no natural.
Outro ponto é relacionado aos regulamentos. Os clubes não querem mais que os regulamentos de competições e do Brasileiro sejam feitos sem discussões e sugestões elaboradas pelos clubes. Foi reivindicado que, a partir de agora, os clubes tenham participação ativa na elaboração dos regulamentos. Mas, segundo Marcelo Paz, a CBF ainda não deu um aval sobre essa reivindicação.
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