Dorival cita dúvidas e o efeito de não ter Neymar no Brasil x Colômbia

BRASÍLIA, DF (UOL/FOLHAPRESS) - O técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior, disse que ainda está com dúvidas em relação à escalação da seleção brasileira para o jogo desta quinta (20), contra a Colômbia, pelas Eliminatórias.
Ao longo de várias perguntas na entrevista coletiva em Brasília, Dorival deu algumas pistas sobre a dor de cabeça:
Quantas dúvidas? "Uma ou duas". Qual posição? "No meio e ataque". A dúvida é Savinho ou João Pedro? "Não".
O fato é que o treinador testou João Pedro no ataque, depois de ter usado Savinho no treino desta terça (18), ainda no Bezerrão. Mas aponta o dilema para encarar os colombianos.
Se tiver mesmo João Pedro, ele apontou como o atacante do Brighton pode ser útil.
"O João flutua muito, mas ele é um homem que tem chegado muito a área, jogando assim na sua equipe. Ora como homem de referência, ora como segundo homem. Ele tem que coordenar essas característica que ele possuiu e em cima disso tirar a característica de cada um. Eu estou tentando manter os jogadores na posição que eles jogam em suas equipes, desde o começo, fazendo uma ou outra alteração em função dos adversários. Mas tentando aproveitar o que eles já têm e já fazem em suas equipes de origem", disse Dorival.
Qualquer desenho que coloque amanhã em campo, não será o original. Dorival projetava Neymar em ação, mas o corte aconteceu de última hora, na semana passada.
"Sobre o Neymar, é natural que a gente monte todo um trabalho em cima de um jogador. Acabou não acontecendo por um problema, temos que respeitar isso e aguardar na torcida que ele se recupere logo. No mais, são opções que nós temos de uma mudança ou outra", explicou Dorival, instantes antes do último treino antes da partida.
O QUE MAIS DORIVAL DISSE
Escolha dos jogadores e posições
"É você definir funções iniciais. Isso não quer dizer que em uma jogada ou outra, não aconteça alterações de comportamentos, eu dou toda liberdade possível. Quero tentar respeitar o que eles estão fazendo nos clubes. Qual é a função que o Raphinha vem executando no Barcelona, a função do Rodrygo... Nós tentamos preservar tudo isso, para que ele se sintam confortáveis em campo. É muito complicado você mudar uma função, por mais que os jogadores se adaptem rápido. Isso é um fato importante. Depois, dar liberdade para que a gente jogue com alegria. Jogar com obrigação só depois de finalizar a jogada. Terminou, Raphinha está pelo lado esquerdo? Ele vai voltar pelo lado esquerdo. Cada um busca dentro da sua condição e não altera aquilo que vem realizando em clubes. Esse é o cuidado que estamos tendo. O tempo é muito curto, e não temos tempo de ficar inventando. Até para buscar esses resultados que serão muito importantes na nossa sequência".
Laterais ofensivos ou marcadores?
"Nós temos que buscar sempre opções, pela não convocação de um nome ou outro, temos que sempre buscar equilíbrio. A marcação tem que ser montada a partir do que é apresentado pelo adversário. Dando liberdade de apoio pelos lados, ao mesmo tempo com a responsabilidade que cada um tem para iniciar a retomada de bola a partir do momento que não a tenhamos. Isso facilita presença de laterais apoiadores e que tem essa característica. Tudo isso é uma organização natural a partir do momento que tenhamos nomes disponíveis ou não".
Rendimento contra grandes adversários
"Eu quero ver a Seleção render em qualquer momento, independente do adversário que tenhamos. Teremos dois compromissos muito complicados, mas nossos adversários também reconhecem a condição da seleção brasileira. Estamos melhorando a cada momento, é uma subida gradativa que esta acontecendo. Espero que a gente continue nesse processo, para que no final dessa rodada a gente tenha uma possibilidade mais real e clara do que pode acontecer ate os momentos finais dessa fase classificatória".
Aprendizado no comando da Seleção
"Eu acho que é um aprendizado contínuo. É uma mudança por completo do que é desenvolvido em clubes. Óbvio que eu levei um tempo para me adaptar a tudo isso. Mudamos nossa maneira de treinamentos e a forma de passar a mensagem aos jogadores, porque é pouco tempo que estamos em contato. Eu acho que tudo isso foi melhorado a partir do momento em que tivemos três meses muito próximos entre uma convocação e outra. Os jogadores já tem um entendimento muito melhor do que estamos buscando. Tivemos o período da Copa América como treinamento, também muito importante. A evolução vem acontecendo, tenho uma convicção muito grande de que esta equipe esta perto de um acerto. Eu espero que aconteça rapidamente e que essa organização se mantenha mais e mais tempo, que é tudo que nós buscamos".
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