Por que o coração acelera quando estamos nervosos ou apaixonados?

Junho 12, 2025 - 15:40
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Por que o coração acelera quando estamos nervosos ou apaixonados?

Você já sentiu o coração disparar ao ver alguém especial ou ao enfrentar uma situação estressante? Esse fenômeno, embora comum, é resultado de uma complexa interação entre o cérebro, o sistema nervoso e o coração.

Neste artigo, vamos explicar o motivo pelo qual isso acontece e como funciona essa interação entre as emoções e o coração.

Arritmia emocional: quando as emoções afetam o coração

Ilustração de conexão entre o cérebro e o coração
Imagem: Andrii Zastrozhnov / Shutterstock

As emoções, especialmente as negativas, podem causar alterações significativas no ritmo cardíaco. Raiva, tristeza e ansiedade podem levar a batimentos irregulares, seja acelerando ou desacelerando o coração. Esse é um fenômeno conhecido como arritmia emocional.

Além disso, reprimir sentimentos pode ser prejudicial a longo prazo. Quando tentamos “controlar” nossas emoções, o esforço psicológico pode levar ao estresse cumulativo, que sobrecarrega o coração. O estresse é um dos principais causadores de arritmias, pois eleva os níveis de catecolaminas, como a adrenalina, aumentando a pressão arterial e acelerando os batimentos cardíacos.

O que é arritmia cardíaca?

Imagem: Ahmet Misirligul/Shutterstock

Arritmias cardíacas são alterações no ritmo dos batimentos do coração. Quando ocorrem em frequência acelerada, recebem o nome de taquicardia; quando são mais lentos, são chamadas de bradicardia. Também podem se manifestar como batimentos irregulares e desconfortáveis.

Os principais sintomas incluem palpitações; tontura; desmaios; falta de ar e dor no peito.

Coração acelerado: ansiedade ou arritmia?

Homem com ansiedade
Imagem: Jacob Wackerhausen / iStock

Em muitos casos, o que parece ser uma arritmia pode, na verdade, ser uma crise de ansiedade. O cardiologista Hugo Thomé, do Instituto do Coração, em entrevista ao Jornal da USP, explica que a ansiedade costuma causar sintomas semelhantes, como sudorese e taquicardia, mas geralmente acompanhados de tensão muscular, tremores e sensação de “nó na garganta”.

A arritmia cardíaca, por outro lado, pode surgir de forma súbita e persistente, mesmo em repouso ou durante atividades físicas leves. Por isso, é essencial buscar avaliação médica caso os sintomas se repitam ou causem grande desconforto.

Exames como eletrocardiograma, Holter 24h (monitoramento contínuo dos batimentos) e teste ergométrico ajudam a distinguir uma alteração emocional de um problema cardíaco real.

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A paixão e o coração

Assim como o nervosismo, a paixão também acelera o coração, mas por motivos diferentes. Quando nos apaixonamos, o cérebro libera uma série de neurotransmissores e hormônios, como:

  • Dopamina: responsável pela sensação de prazer e recompensa;
  • Endorfina: promove bem-estar;
  • Oxitocina: conhecida como o “hormônio do amor”, aumenta a sensação de apego e segurança;
  • Adrenalina e noradrenalina: causam a aceleração dos batimentos cardíacos.
Crédito: SewCreamStudio (Shutterstock/reprodução)

Essas alterações químicas explicam por que algumas pessoas são mais suscetíveis à paixão do que outras. Indivíduos mais racionais tendem a ativar menos as áreas cerebrais ligadas às emoções, tornando-se menos propensos a experiências amorosas intensas.

Por que o coração bate mais forte na paixão?

Quando estamos apaixonados, o sistema nervoso simpático é ativado, liberando adrenalina e noradrenalina. Esses hormônios aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, preparando o corpo para reagir com energia e excitação.

Ilustração 3D do sistema nervoso do cérebro humano, destacando os nervos parassimpáticos e simpáticos. / Crédito: Life Science (Shutterstock/Reprodução)

Em situações de forte atração, o coração pode atingir até 150 batimentos por minuto, causando sintomas como respiração ofegante, sensação de calor ou formigamento, suor excessivo e falta de apetite e insônia.

Quando se preocupar?

Embora um coração acelerado por nervosismo ou paixão seja geralmente inofensivo, é importante ficar atento a sinais de alerta:

  • Palpitações prolongadas;
  • Dor no peito;
  • Tonturas ou desmaios;
  • Falta de ar intensa.

Se os sintomas forem frequentes, é fundamental buscar avaliação médica para descartar problemas cardíacos.

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