Tarcísio e Nunes se reúnem para transformar Favela do Moinho em parque e estação de trem


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), farão, nesta sexta-feira (7), a primeira reunião entre eles sobre a Favela do Moinho, em Campos Elíseos, uma das poucas no centro da cidade. A expectativa é transformar a área em um parque, além de uma estação de trem, como parte do processo de revitalização do local, que vai abrigar a nova sede administrativa do governo. O encontro foi marcado para 17h no Palácio dos Bandeirantes. A reunião é de alinhamento, já que algumas autoridades responsáveis pelo projeto mudaram com o início do novo mandato de Nunes — como é o caso de Sidney Cruz, novo no comando da Habitação.
Desde o anúncio do projeto, em setembro do ano passado, o foco do governo e da prefeitura foi realizar um trabalho social para conversar com pessoas da comunidade sobre reassentamento. As equipes fazem um primeiro contato e também um mapeamento da região. Estima-se que, atualmente, existem cerca de 800 famílias no local.
A expectativa é que o parque seja concluído a longo prazo, já que apenas depois do trabalho de remoção será possível desenvolver projeto e iniciar a construção. Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) pleiteia junto ao governo federal a cessão de parte da área da Favela do Moinho pertencente à União para a construção do equipamento público, mas fontes ligadas à pasta acreditam que isso não será um problema. Além disso, o governo apresentou a ideia de construir a estação Bom Retiro, nas Linhas 11 (Coral) e 13 (Jade), exatamente onde fica a comunidade.
Segundo a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), “a iniciativa de requalificação prevê soluções habitacionais para famílias que hoje residem no espaço, que serão acolhidos em lares dignos”. A CDHU destaca que as famílias “vivem em situação de alto risco, uma vez que a favela do moinho fica entre linhas férreas em operação, embaixo de um viaduto, com um único acesso”. Nos últimos anos, dois incêndios de grandes proporções que deixaram mortos e centenas de desabrigados.
Alvo de operação
Em agosto, a Favela do Moinho foi alvo de uma operação do Ministério Público de São Paulo, que afirmou que a comunidade serve como base de atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na cracolândia. A favela fica a apenas dois quilômetros de distância da Rua dos Protestantes, atual fluxo de uso e venda de drogas no centro.
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