Crise na Nasa: funcionários temem demissões após ordem de Trump

A Nasa está planejando implementar um plano de reorganização para responder a ordem do presidente Donald Trump de eliminar “desperdício, inchaço e insularidade” em órgãos governamentais, sob a supervisão do departamento comandado por Elon Musk.
O timing não poderia ser pior: a agência espacial americana tem pela frente metas das mais ambiciosas em seus quase 67 anos de história, incluindo um assentamento lunar permanente após a retomada de missões à superfície da Lua no final da década.
Em um e-mail ao qual a CNN obteve acesso, a administradora interina da Nasa, Janet Petro afirmou que uma equipe interna vai definir uma “estratégia para identificar e agir em oportunidades de otimização da nossa organização — seja simplificando operações ou reduzindo relatórios”.

O grupo recebeu o nome de “Tiger Team”, termo usado na era Apollo para se referir a reuniões criadas para lidar com um problema complexo em tempo real durante uma missão espacial, como explica a reportagem.
Janet Petro foi escolhida para liderar a agência até que o Senado americano confirme o novo administrador, o CEO da Shift4 Payments, Jared Isaacman, nomeado por Trump. A engenheira já chefiou as instalações de lançamento do Kennedy Space Center na Flórida.
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Futuro incerto
Em fevereiro, a Nasa fechou um acordo com o Office of Personnel Management que evitou demissões generalizadas de trabalhadores em estágio probatório, como solicitado pelo departamento de Musk, conhecido como DOGE.

Mas isso não impediu uma rodada de desligamentos no início de março, quando três escritórios tiveram as atividades encerradas, incluindo duas das principais divisões de políticas e alguns funcionários seniores de ciência e engenharia, em Washington, DC.
Segundo a CNN, os 23 profissionais receberam apenas 30 dias de aviso, e não 60, como prevê um regulamento da agência. A Nasa informou à reportagem que o cronograma está alinhado com a “necessidade urgente de cumprir a Ordem Executiva de Trump e cronogramas mais amplos de reestruturação do governo”.
Por enquanto, não há planos para preencher as posições agora desocupadas, que incluía, por exemplo, a equipe do Escritório de Tecnologia, Política e Estratégia (OTPS) e uma filial específica de Diversidade, Equidade, Inclusão e Acessibilidade. Funcionários disseram à CNN que esperam cortes de 30% a 50% da equipe da agência.
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