Oásis pré-históricos ajudaram a vida a resistir à extinção em massa

Mar 23, 2025 - 07:00
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Oásis pré-históricos ajudaram a vida a resistir à extinção em massa

O planeta Terra já passou por cinco extinções em massa. A pior delas sendo a do período Permiano, onde cerca de 96% das espécies marinhas foram extintas.

Porém, uma dúvida ainda levanta debates na comunidade científica, o mesmo desastre ocorreu em terra firme? Foi essa pergunta que pesquisadores do Instituto de Geologia e Paleontologia de Nanjing (NIGPAS) tentaram responder.

Segundo o estudo, publicado na Science, a fauna terrestre sofreu bem menos que a marítima. De acordo com o líder da pesquisa, Feng Liu, foram encontrados locais, ao ArsTechnica, apelidados de “oásis”, que serviram como refúgio para a vida. Estes recantos de tranquilidade em meio ao caos da Grande Morte, como foi chamado este período sombrio, foram essenciais para permitir que a vida na terra continuasse.

Fauna terrestre sofreu bem menos que a marítimafauna terrestre sofreu bem menos que a marítima (Imagem: Shutterstock)

Terceira Grande Extinção em massa

A terceira Grande Extinção em Massa durou cerca de 200 mil anos e também gera debates. Alguns especialistas apontam para o impacto de um asteroide; outros consideram que uma erupção vulcânica em grande escala teria alterado o clima a um ponto insustentável para a maioria das espécies.

Ainda conforme o estudo, levaria muito mais tempo para retomar a normalidade no planeta caso esses oásis não existissem. A reconstrução dos ecossistemas em tão pouco tempo só foi possível graças a eles.

“Este ambiente pode ter servido como um refúgio para a flora mesozoica que surgiu no final do Permiano, potencialmente contribuindo para a estabilidade da cadeia alimentar e atraindo muitos animais terrestres que se adaptaram a este ambiente”, disseram os responsáveis pela pesquisa.

Sítio arqueológico e descoberta dos pesquisadores

  • No sítio arqueológico de Turpan-Hami Basin, na província de Xinjiang (China), foram encontrados fósseis de árvores presos a pedras;
  • As raízes destas plantas se fixaram no que costumava ser solo fértil, que posteriormente, com a ação do tempo, se petrificou;
  • Isso significa que a vegetação que cresceu ali há milhões de anos estava realmente fixada ao solo e não apenas fragmentos acumulados;
  • A flora pré-histórica também indica que existia alimento o suficiente para os animais herbívoros da época sobreviverem a extinção em massa.

A existência de esporos e pólen demonstra a variedade de plantas e organismos que existiam nesses refúgios. Com isso, a grande presença de plantas e a multiplicidade de espécies pode evidenciar a disponibilidade de comida e água. Mesmo com a instabilidade do período, estes locais serviram como reservas para a vida terrestre.

Mesmo com a instabilidade do período, estes locais serviram como reservas para a vida terrestre (Imagem: Andriy Nekrasov/Shutterstock)

Boa parte das plantas encontradas eram características de beira de lagos e rios, tipo de flora que se adapta bem a climas úmidos. Por conta da abundância de esporos e das plantas fossilizadas, os cientistas concluíram que o clima no planeta era úmido ou sub-úmido com chuvas regulares.

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Como o ambiente dentro dos oásis tinha a umidade certa e a quantidade suficiente de comida e água, era possível resistir a eventos catastróficos que afetavam o resto do planeta. Após o fim do período da extinção em massa, muitos animais encontraram refúgio nestes locais, conseguiram manter sua linhagem e superar a extinção em massa.

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