Robôs vão ganhar músculos artificiais para aumentar flexibilidade

Mar 25, 2025 - 08:00
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Robôs vão ganhar músculos artificiais para aumentar flexibilidade

Engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) desenvolveram um método para cultivar tecido muscular artificial que se contrai e flexiona em múltiplas direções coordenadas — abrindo uma nova fase dos robôs “biohíbridos”.

No experimento, a estrutura artificial puxa tanto concêntrica quanto radialmente, muito parecido com a forma como a íris no olho humano age para dilatar e contrair a pupila, segundo um comunicado divulgado pela instituição.

Até então, os pesquisadores só conseguiam fabricar músculos artificiais que puxam em uma direção, limitando a amplitude de movimento de qualquer robô. Recentemente, uma mão biohíbrida foi construída com tecido muscular cultivado em laboratório por cientistas da Universidade de Tóquio da Universidade de Waseda, no Japão, como relatamos aqui.

Tecnologia foi baseada no formado da íris humana (Imagem: MIT/Reprodução)

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Os pesquisadores criaram uma íris artificial a partir de um pequeno carimbo portátil que padronizou ranhuras microscópicas em 3D. Essa “estampagem” foi feita em um hidrogel macio para semear as ranhuras resultantes com células musculares reais.

As células cresceram ao longo dessas ranhuras dentro do hidrogel, formando fibras que foram estimuladas para se contrair em várias direções. O selo também pode ser usado para outros tipos de tecidos biológicos, como neurônios e células cardíacas.

“Queremos fazer tecidos que reproduzam a complexidade arquitetônica de tecidos reais”, diz Ritu Raman, a Professora de Desenvolvimento de Carreira Eugene Bell de Engenharia de Tecidos no Departamento de Engenharia Mecânica do MIT. “Para fazer isso, você realmente precisa desse tipo de precisão em sua fabricação.”

Pesquisadores desenvolveram uma nova abordagem de “estampagem” (Imagem: MIT/Reprodução)

O experimento abre caminho para diversas aplicações na vida real que ainda dependem de testes, como tecidos artificiais que possam restaurar a função de pessoas com lesão neuromuscular ou músculos artificiais para uso em robótica.

“Neste trabalho, queríamos mostrar que podemos usar essa abordagem de carimbo para fazer um ‘robô’ que pode fazer coisas que robôs anteriores movidos a músculos não conseguem fazer”, diz Raman. “Escolhemos trabalhar com células musculares esqueléticas. Mas não há nada que impeça você de fazer isso com qualquer outro tipo de célula.”

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